Em Vitória da Conquista a Apae completou 47 anos em 2024 e atende a 540 assistidos a partir do nascimento e sem limite de idade. Deficiência intelectual e múltipla, Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Down (T21), Paralisia Cerebral, entre outras síndromes. São ofertados serviços nas áreas da educação, assistência social, saúde e defesa de direitos através do centro de atendimentos.

Imagens: Redes sociais/acervo

O quadro de funcionários é formado por uma equipe de multiprofissionais especialistas de diversas áreas e os serviços e atividades são ofertados nos Centros de Atendimento.

Além dos assistidos, a APAE conta com um trabalho de acolhimento e acompanhamento das famílias dos assistidos através do grupo de Pais. Conta com procuradoria jurídica que atua na defesa e garantia de pessoas com deficiência, também assessorando e acompanhando famílias em processos judiciais.

Daisy Placha. Foto: ASCOM Câmara de Vereadores.

“São quase 50 anos se preocupando com a dignidade humana atendendo seus assistidos desde estimulação precoce até a profissionalização, buscando desenvolver as potencialidades das pessoas com deficiência, ressignificando assim as suas vidas”, afirmou a diretora da APAE Conquista, Daisy Cristina Placha.

UM POUCO DE HISTÓRIA

O fenômeno da “deficiência” sempre foi marcado por uma forte rejeição, discriminação e preconceito em suas raízes históricas e culturais. Diante da incapacidade do Estado em implementar políticas públicas sociais que assegurem a inclusão dessas pessoas, surgem famílias determinadas a romper paradigmas e buscar alternativas para que seus filhos com deficiência intelectual ou múltipla possam ser incluídos na sociedade, com os mesmos direitos que qualquer outro cidadão.

Nesse cenário, surgiram as primeiras associações de familiares e amigos, capazes de ter uma visão mais proativa sobre as pessoas com esse tipo de deficiência. Vivendo em um Estado alheio às necessidades de seus membros, tinham a tarefa de educar, fornecer atendimento médico, suprir suas necessidades básicas de sobrevivência e lutar por seus direitos, com o objetivo de inclusão social.

Foi assim que, no Brasil, essa mobilização social começou a oferecer serviços de educação, saúde e assistência social àqueles que precisavam, em locais que foram chamados de Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Essas associações formaram uma rede de promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, que hoje atende a mais de 350 mil pessoas com esses tipos de deficiência, organizadas em 2.178 unidades em todo o território nacional.

A Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais nasceu em 1954, no Rio de Janeiro. É uma organização social cujo principal objetivo é promover a atenção integral à pessoa com deficiência, prioritariamente aquela com deficiência intelectual e múltipla

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest em 2006, a pedido da Federação Nacional das Apaes, mostrou que a Apae é conhecida por 87% dos entrevistados e considerada confiável por 93% deles. São resultados expressivos que refletem o trabalho e as conquistas do Movimento Apaeano na luta pelos direitos das pessoas com deficiência.

No Brasil, de acordo com o Censo IBGE 2010, existem 45.606.048 pessoas com deficiência, o que equivale a 23,9% da população do país. 18,60% foram declaradas pessoas com deficiência visual, 7% com deficiência motora, 5,10% com deficiência auditiva e 1,40% com deficiência mental.